Menina ao Relento
Menina andando ao relento
maltrapilha, faminta, quase nua.
Vagando sem rumo, sem alento
pela rua…
Sua cama, é o frio calçamento.
Seu manto, é o céu a lua!
Seus irmãos, o Sol, a chuva, o vento.
A indiferença tão crua!
Hoje a vi assim e, medito com tristeza
nos faustosos concursos de beleza,
nas fantasias cheias de esplendor.
Na civilização, na humanidade
que invoca DEUS com tanta falsidade
e não tem tempo de falar de amor
SILA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
Petrópolis,23/05/98