Caminhos da Vida
Nossas orações são ladainhas repetidas,
expressões vazias da nossa desilusão,
Deus no trono distante,
nós na Terra errante…
Não há mais tempo para a vida,
apenas para os compromissos inadiáveis da nossa agonia,
somos empurrados pelo consumismo,
somos esmagados pelas dívidas, pelo preço de viver.
Na luta diária da sobrevivência não há tempo:
para poesia, flores, sentar no chão,
andar descalço, comer com a mão,
namorar na praça, andar sem direção
ter com Deus uma comunhão…
Estamos fugindo do encontro crucial
entre nós e os nossos sonhos,
entre o que queremos e o que não temos,
entre o que imaginamos e o que é.
E fica no ar a pergunta:
para onde vamos?
Que você vá rumo a felicidade,
Paulo Roberto Gaefke